terça-feira, 19 de outubro de 2010

A primeira mensagem do meu 22º Aniversário...

Esta foi a primeira mensagem que recebi hoje no meu 22º aniversário,de uma das minhas ESTRELINHAS, DANIELA OLIVEIRA *.*



“Depois de algum tempo, aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. Aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para planos, e o futuro tem o costume de cair a meio em vão. Depois de um tempo aprendes que o sol queima se se ficar exposto por muito tempo. E aprendes que não importa o quanto te importes, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobres que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que tu podes fazer coisas num instante das quais te arrependerás pelo resto da tua vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas na vida são tomadas de ti muito depressa, por isso devemos sempre deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde já chegas-te, mas para onde estás a ir, mas se tu não sabes para onde estás a ir, qualquer lugar serve. Aprendes que, ou tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que tu esperas que te dê um pontapé quando cais é uma das poucas que te vão ajudar a levantares-te.

Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que aprendes-te com elas do que com quantos aniversários tu celebras-te. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que tu pensas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são estúpidos, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma como tu queres que ame, não significa que esse alguém não te ama contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tu tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que te julgas, serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possas voltar para trás.

Portanto... planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes realmente o que podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podias mais. E que realmente a vida tem valor e TU tens valor diante da vida!"


(William Shakespeare)

domingo, 17 de outubro de 2010

Perguntas sem resposta...




Porquê que me deixas-te? como não foste capaz de cumprir a tua promessa? "nunca te deixarei" foi o que disses-te, poucas vezes, mas da mais honesta maneira que alguma vez ouvi - e eu acreditava, porque te amava. e deixaste-me, sem nunca me exlicar porquê, fingindo que era algo muito fácil, sem dares cobertura aos estragos que irias provocar, sem pensares no quanto isso me iria magoar, diz-me porquê, porquê que me deixas-te? não fui perfeita? a culpa foi minha?
Consegues dar-me essa explicação??? preciso dela e mereço-a...

Desabafos de um coração despedaçado mas crente ...





"...eu senti-me uma inútil, preenchida pelo arrependimento de ter acordado naquele dia, coberta pelo choque, e quando realmente me convenci de que realmente te tinha perdido, afoguei-me no enorme vazio que sentia, e que doía mais que qualquer outra coisa. só de pensar que poderia ter feito parte dos momentos mais feliz da tua vida, e que essa oportunidade se desvaneceu do nada, causava uma explosão de lágrimas que lavava a minha cara. agora, penso no que será de mim, pergunto-me se esta dor será para sempre, só me consigo imaginar a folhear páginas de livros que leste, tocar e cheirar roupas que vestis-te, passar a ponta dos dedos nos móveis de tua casa (…) perdi o rumo, e vou conforme o vento sopra, sinto-me rasgada, despedaçada, perdida nas memórias que me esforço por ver e rever, para nunca as esquecer, sinto-me dominada pela cruel verdade de que nunca mais te terei a meu lado"


"...eu olho para ti, fixo-me nos teus olhos, que parecem ser um poço sem fim de brilho e pureza, oiço o teu cabelo acompanhar o suave e quase imperceptível toque do vento, o nosso ritmo cardíaco esta desencontrado, e com os meus olhos fixos em ti e os meus ouvidos concentrados no que quer que estejas para dizer, percebo, finalmente, que te amo, e que nós nunca iremos ter um fim, mesmo que o «nós» seja um complexo de duas pessoas separadas por milhares de km preenchidos pela saudade, porque eu sempre vivi na esperança de que o amor é superior, a tudo"


"...como quando acabas as minhas frases, como quando é um para sempre, como quando é um beijo, como quando é feliz, como quando é "nós", como quando é amo-te, como quando é seguro, como quando quero mais que tudo estar a tua lado, viver contigo, tocar-te, fazer-te feliz, ouvir os teus sonhos, abraçar-te, gritar ao mundo o quanto és importante para mim, falar contigo, aperceber-me de que me fazes tão feliz, ter a certeza de que és perfeito, sentir-me inocente, e então marco em mim um "amo-te" que será eterno, que asegurará a minha felicidade, que me manterá segura, que me irá fazer viver"

(fonte: Facebook)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Para sempre ...


Quando percebi que tudo tinha acabado, acredita que morri por dentro!
Preciso de ti para sorrir, preciso de ti para ser feliz...eu quero que percebas que tudo o que passámos sempre será presente e nunca será passado por mais que queiras que seja!
Eu sei que me dizes para esquecer, eu sei que me dizes que acabou, mas acredita que secalhar nunca tives-te e nunca terás alguém como eu, porque eu deixei tudo por ti... deixei maior parte de amigos meus, deixei pessoas que me amavam de verdade, deixei pessoas que me davam o devido valor e magoei muita gente...mas fi-lo porque te amava e faria novamente porque simplesmente...TE AMO :')


(Facebook...e tambem algumas palavras que acrescentei)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Distância

Não vás para tão longe!
Vem sentar-te
Aqui na chaise-longue, ao pé de mim...
Tenho o desejo doido de contar-te
Estas saudades que não tinham fim.

Não vás para tão longe;
Quero ver
Se ainda sabes olhar-me como d'antes,
E se nas tuas mãos acariciantes,
Inda existe o perfume de que eu gosto.

Não vás para tão longe!
Tenho medo
Do silêncio pesado d'esta sala...
Como soluça o vento no arvoredo!
E a tua voz, amor, como se cala!

Não vás para tão longe!
Antigamente,
Era sempre demais o curto espaço
Que havia entre nós dois...
Agora, um embaraço,
Hesitas e depois,
Com um gesto de tédio e de cansaço,
Achas inconveniente
O meu abraço.

Não vás para tão longe!
Fica. Inda é tão cedo!
O vento continua a fustigar
Os ramos sofredores do arvoredo,
E eu ponho-me a pensar
E tenho medo!

Não vás para tão longe!
Na sombra impenetrada,
Como se agita e se debate o vento!...
Paira nas velhas ruínas do convento

Que além se avista,
A alma melancólica d'um monge
Que a vida arremessou àquela crista...

Céu apagado, negro, pessimista,
E tu sempre mais longe!...

(Fernanda de Castro, in "Antemanhã")

Os versos que te fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!


(Florbela Espanca)

Lágrimas ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!


(Florbela Espanca)

Saudades

Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!


(Florbela Espanca)

Tarde de mais...

Quando chegaste enfim, para te ver
Abriu-se a noite em mágico luar;
E para o som de teus passos conhecer
Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar...

Chegaste, enfim! Milagre de endoidar!
Viu-se nessa hora o que não pode ser:
Em plena noite, a noite iluminar
E as pedras do caminho florescer!

Beijando a areia de oiro dos desertos
Procurara-te em vão! Braços abertos,
Pés nus, olhos a rir, a boca em flor!

E há cem anos que eu era nova e linda!...
E a minha boca morta grita ainda:
Porque chegaste tarde, ó meu Amor?!...


(Florbela Espanca)

Se tu viesses ver-me...

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...


(Florbela Espanca)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

...

Ás vezes pergunto-me porque é que gosto de ti ou porque é que alguma vez cheguei a gostar. Tu vais além de todos os limites de uma pessoa normal, ou és demasiado baixo ou demasiado alto, ou demasiado novo ou demasiado velho. Porque é que nao posso escolher quem amo? Seria tudo muito mais facil. Nunca vamos poder estar verdadeiramente juntos por causa de razões que nem eu própria sei explicar. E o que me deixa ainda mais baralhada é essa tua maneira de pensar que as coisas são faceis de resolver e que nada é um drama.
Eu sei que achas que o que já tivemos foi passado mas é tao dificill esquecer algo que esta permanentemente na minha cabeça ... Por isso se eu penso em ti, entao talvez nada seja realmente passado mas sim presente, porque é um acto involuntário e eu não desejava que isto estivesse sempre a acontecer e tu sabes! Estás sempre a magoar-me e a criar feridas que ardem e moem ca dentro.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

o que não é amor?

Desconfiança não é amor. Amar é confiar, entregar-se. No amor confias e isso significa deixar a outra pessoa ter uma vida independente da tua, ter asas pra voar, estar ao teu lado e não ser dependente, o amor não depende, o amor só cresce solto. Não adianta achar que uma coleira garantirá o seu amor, o amor só será garantido quando construído em bases firmes e sólidas, pouco a pouco.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O meu amor*

"Ele não foi um caso, não foi mais um namorado, uma tentativa, um acidente de percurso. Foi só e apenas a pessoa que mais amei em toda a minha vida, com quem me dei melhor e com quem fui mais feliz. E esquecê-lo é agora o meu maior desafio. Como é que não sei."


(Margarida Rebelo Pinto - Alma de Pássaro)

Certeza do dia...

"Creio que todos nós criamos os nossos monstros, os nossos medos, inseguranças, pensamentos mutiladores, mas raramente encontramos pessoas dispostas a partilhá-los."


(Augusto Cury - A saga de um Pensador)

Saudade...

"Tenho saudades desses dias em que vivi como num sonho, sabendo que a realidade era bem diferente, que na semana a seguir à tua partida, iria cair do céu aos trambolhões."


(Margarida Rebelo Pinto - O Diário da tua Ausência)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Para pensar...

"O Amor é um sentimento construído todos os dias, sem pressas, sem exigências... e o mais importante é nunca esquecer de o fazer... pois muitas das relações que acabam é por simplesmente as pessoas acreditarem que já conquistaram o outro, deixando assim a chama do amor se apagar..."

Comentem se quiserem :b

domingo, 18 de julho de 2010

" Amor "


Quando pela primeira vez tu me olhas-te nos olhos, como se com eles conseguisses entrar dentro de mim e tocar o meu coração da forma mais doce e espectacular que eu já senti, (e acredita que conseguis-te!!) foi como se o tempo parasse. Eu olhei os teus olhos e os teus lábios indecisos entre um sorriso e o silêncio, finalmente compreendi a parte mais importante e mais sábia da linguagem que o mundo falava e que todas as pessoas conseguiam escutar nos seus corações : o AMOR, uma coisa mais antiga que o Homem e que, no entanto, ressurgia sempre com a mesma força onde quer que dois pares de olhos se cruzassem...onde os nossos se cruzaram.
Finalmente os nossos lábios, num dia lindo, resolveram dar um sorriso, e aquilo era um sinal, o sinal que eu esperei, sem saber, durante tanto tempo na minha vida. Ali estava a pura linguagem do mundo, sem explicações, sem palavras. Tudo o que entendi em todos aqueles momentos em que os nossos olhares se cruzaram , foi que estava perante o Homem da minha vida , sem ser necessário usar palavras. Tinha mais certeza disso do que de qualquer coisa no mundo, porque quando se mergulha na linguagem universal , é fácil entender que existe no mundo uma pessoa que espera a outra , seja no meio do deserto ou no meio de grandes cidades. “Quando estas pessoas se cruzam e os seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perde qualquer importância , e só existe aquele momento , e aquela certeza de que tudo foi obra do destino , pois é ele que desperta o Amor , e que faz uma alma gémea para cada pessoa” , sem este sentimento de completa sintonia entre dois seres , viver não teria qualquer significado.
Se o que vi em ti é feito de “matéria pura”, jamais apodrecerá , jamais morrerá , e poderei ,um dia , voltar a ver-te já que te foste embora e nunca mais apareces-te.
Se foram apenas momentos de luz , como a explosão de um estrela , então é porque não eras especial para mim, mas tenho a certeza de que se isso acontecesse eu ficaria feliz na mesma , porque teria visto a luz da explosão da estrela mais bela do Universo.

Não consigo parar de pensar em ti!!!
Amo-te...porque todo o Universo conspirou para que tu chegasses até mim!!
Amo-te...se eu for a tua Lenda, voltarás , um dia, quem sabe...para mim!!


(Eloísa Pedrosa)


Nota: Este texto foi escrito após ter lido um livro de Paulo Coelho, "O Alquimista", foi a minha inspiração.

" Felicidade "



Perto de ti senti-me segura
como se nada me podesse fazer mal!
Senti-me como se te pertencesse.
Quando estávamos juntos
o mundo à volta não tinha interesse nenhum!
Enquanto falavas eu vislumbrava-te:
essa tua boca enfeitiçou-me,
esses teus olhos tão meigos me conquistaram
esse teu humor trouxe-me o que mais buscava:
FELICIDADE!
Quando os nossos olhos paralisaram,
aquele momento foi simplesmente e unicamente
o mais bonito, o mais espectacular,
o que nunca antes me tinha acontecido:
nesse momento tudo parou, e só estavamos nós
e só nós!!
Tu és a minha musica...quando não falamos
é como se um violino não pudesse tocar,
como se não pudesse soltar a melodia que há em mim.
Pena ainda sentir isto,
pena não estares a sentir mais o que nos uniu,
pena estar a escrever isto, quando sei que tudo,
tudo acabou sem razão,
e agora é somente imaginação da minha cabeça!
Porém a imaginação mais deslumbrante que já tive,
a imaginação que vivi contigo naqueles momentos
tão ternos,tão maravilhosos.


(Eloísa Pedrosa)

" Perdida "



Ainda estás ai? Será que me consegues ouvir?
Fiquei perdida desde a tua partida.
Será que a dor que estou a sentir
É por estares tão perto e ao mesmo tempo tão longe?

Preciso que me separes os lábios, preciso respirar.
Sem ti é como se nada existisse e nada fosse bom o suficiente.
A tua ausência faz-me desesperar
Por tua voz, por um suspiro que remova este peso do meu coração.

Amor, estou a sofrer, será que o consegues sentir?
Esquece tudo e vem-me ajudar!
Se estás ai, do que estás á espera para aparecer?
Eu preciso de sentir que estás ai.

Quando perco a fé no amor,
Recordo os nossos momentos
Porque eles têm muito mais a dizer
Do que os mil significados que o amor possa ter.

Enquanto penso em ti,
Não há verdade nem mentira
Que consigam alguma vez tirar
O sorriso que as tuas memórias me fazem esboçar.

Amor, apesar da distância consigo sentir-te.
Amor, não é o longo caminho
Que me impedirá de te amar
Porque sei, que é em mim que tu estás a pensar!


(Tiago Martins)


Nota: Inspirado no momento que estou a passar,por um amigo que nunca me vai abandonar.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Poema"




Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).


(Álvaro de Campos - Heterónimo de Fernando Pessoa)

"Para ser grande,sê inteiro"

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive


(Ricardo Reis - Heterónimo de Fernando Pessoa)

Girassol





O meu olhar é nitido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se,ao nascer,
Reparasse que nascera de veras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade no Mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...


(Alberto Caeiro - Heterónimo de Fernando Pessoa)


Nota: Este poema não tem titulo...por isso eu "atribui-lhe" um.

Breve apresentação

Neste blogue,como já referi,vou expor variadíssimos textos,a maioria deles da autoria de outras pessoas e alguns meus.
E porquê não serem todos da minha autoria? Pelo simples facto de eu gostar imenso do que os outros escrevem e também porque dai vem parte da minha inspiração :)